ARTIGO DA SEMANA.

UMA VITÓRIA DO MÉRITO E DA RAÇA.
Por RubensCoelho - jornalista - rubensfcoelho@hotmail.com
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A ascensão de Joaquim Barbosa a Ministro do Supremo Tribunal Federal(STF), agora a presidente da Corte, é inquestionavelmente a vitória da meritocracia sobre o protecionismo, o favoritismo paternalista.
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O primeiro negro a chegar ao topo da pirâmide de um dos três poderes da República, é um fato histórico da maior relevância, como afirmação de oportunidade concedida pela democracia e o avanço social desfrutado pelo Brasil nos últimos sessenta anos, desde Getúlio Vargas, com um longo intervalo durante a ditadura, retomado com a redemocratização em 1985 e impulsionado nos governos Lula/Dilma.
 
A trajetória de Joaquim Barbosa não deve ter sido fácil numa sociedade refratária a oportunizar pessoas de sua raça, o obstáculo para chegar aonde chegou deve ter sido imenso, a declaração de sua mãe por ocasião da posse do filho no STF: ”Meu filho chegou aonde chegou, por esforço próprio”, é muito significativa, ela deve ter testemunhado as dificuldades sofridas pelo filho.
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Faz-me lembrar de Martin Luther King quando diz;”Eu tenho um sonho. O sonho de ver meu filho julgado por sua personalidade, não pela cor de sua pele”. “Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo”. Os textos do herói da luta pelos direitos civis dos negros americanos na década de sessenta, se encaixa perfeitamente em relação a caminhada do presidente do STF, acho até que serviram-lhe de inspiração para sua trajetória vitoriosa. Ele não ficou choramingando por aí, sua condição de negro ou atrás de cota disso ou daquilo, até por que, na sua época não existiam. Aproveitou muito bem as chances surgidas foi à luta e venceu.
 
É um exemplo a ser seguido pelos jovens, especialmente daqueles das classes menos favorecidas, os excluídos de um modo geral. Nesse processo, a educação pontificou como elemento essencial para o desenvolvimento social e individual. Estudar é desvendar conhecimentos que abrem as portas das oportunidades que surgem. Sem educação não há progresso. É incompreensível os governantes não a colocarem como prioridade em seus planos administrativos, embora muitos digam ser nas campanhas eleitorais, quando se elegem, porém, a prática é outra bem diferente.
 
Mas voltando a Joaquim Barbosa, há quem o ache arrogante, vaidoso e outros adjetivos depreciativos. Para nós, no entanto, o vejo como um jurista rigoroso que coloca a lei acima dos interesses políticos momentâneos. Quanto a sua postura pessoal entre seus colegas do STF, faz parte da personalidade forte do presidente, cada qual tem seu próprio modo de agir. Ninguém é tão perfeito que não cometa erros, nem imperfeito para nunca acertar.
 

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