ARTIGO DA SEMANA.


O PODER AVASSALADOR DA REELEIÇÃO
(Por Rubens Coelho - jornalista - rubensfcoelho@hotmail.com)

O instituto da reeleição no Brasil, criado pelo desgoverno de Fernando Henrique Cardoso, em benefício próprio, para continuar mais quatro anos no poder, obtendo aprovação no Congresso Nacional, através do mesmo método chamado de mensalão, agora hipocritamente condenado pelos democratas e  tucanato, ou seja, a compra de voto de congressistas venais. Sistema  antes condenado, mas, mantido pelos governos do PT, que têm prometido reformas políticas, porém, pouco ou nada  fizeram para   concretizá-la.

Reeleição da forma como funciona no país, sem afastamento dos  gestores  durante o tempo da disputa eleitoral; deficiente fiscalização do uso da máquina  administrativa a favor  do mandatário no governo, tem sido  o ancoradouro para perpetuação de grupos políticos no poder, por meio  das mais diversas manobras eleitorais e eleitoreiras, que os fazem  permanecerem  nas direções das gestões públicas. O adágio popular: “triste do poder que não pode”,  é o  predicado   dos detentores da posse, que se completa com o receio de retaliação existentes no seio de povo e se contrapor a eles: “é imprudente ir contra o governo, do mesmo modo, que ir contra a corrente de um rio cheio”.  Esse medo é mais um ingrediente que os beneficiam.

Semana passada estivemos em São  Luiz do Maranhão, a cidade em seus quatro centos e vinte anos, está belíssima com seu casario estilo colonial no Centro Histórico, com pinturas novas e coloridas, é bonito de ver.

As festas durarão todo o mês de setembro, com apresentação de artistas renomados. Lá já esteve Roberto Carlos, ganhando altíssimo cachê do governo estadual e municipal, num show gratuito para o povão em praça pública. Depois em outros finais de semana, se apresentarão Ivete Sangalo, Alcione e Zeca Pagodinho entre outros.

Pois bem, além desses grandes shows, vistosas obras foram recentemente inauguradas  pela prefeitura de São Luiz, cujo prefeito João Castelo, é candidato à reeleição e segundo às pesquisas eleitorais será o vitorioso. Podemos constatar a enorme estrutura de campanha da situação municipal na capital maranhense, onde sem sombra de dúvida, o poder econômico  está  presente de maneira forte,evidente, sem que  haja meios de coibir os abusos, apesar  do rigor da lei eleitoral, a prática é outra.

São ocorrências que acontecem em toda parte aonde há disputa com candidatos à reeleição para cargos executivos. É um poder avassalador contra o adversário ou adversários. Especialmente se o postulante a renovação do mandato, for um prefeito mais ou menos bem avaliado. Não tomemos Natal como referência, pois,  Micarla de Souza é historicamente uma exceção à regra.


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