DIRETO DE NATAL.

MOSSORÓ DESVIA CARLOS DA CASA CIVIL*

O receio de ver seu grupo político perder a eleição de outubro em Mossoró, seu berço e principal reduto eleitoral, é uma das, senão a principal razão de o agropecuarista e ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido e principal conselheiro político da governadora Rosalba Ciarlini, não querer assumir agora a chefia da Casa Civil do executivo estadual.

Presidente do diretório mossoroense do Dem e desde 1.984 comandante de um grupo que tem vencido praticamente todas as eleições no município, ele decidiu passar a dedicar se possível e necessário tempo integral à campanha da candidata do casal à prefeitura, a vereadora Cláudia Regina Azevedo, cujo potencial eleitoral, a seu ver, ainda não foi medido em pesquisas sobre a intenção de votos dos conterrâneos divulgadas com base na legislação em vigor.

Manter a prefeitura de Mossoró em seu grupo político parece-lhe fundamental para a sobrevivência de Rosalba no status político a que ascendeu em 2.006, quando desembarcou no Senado, preparando caminho para chegar ao governo em 2.010. Ameaçada de perder o pleito deste ano em Natal e Parnamirim e ainda em posição dúbia quanto a Caicó, Ceará Mirim e Pau dos Ferros, onde se digladiam aliados, e desfrutando de péssima avaliação por parte de boa parte dos governados, Rosalba pode começar a sumir do mapa se assistir à posse de Cláudia Regina.

A decisão de voltar a sentar praça em Mossoró foi tomada depois que um enorme sinal vermelho se acendeu na frente do agrupamento mossoroense de rosalbistas, como são referenciados ali os adeptos da Governadora, quando sucessivas pesquisas eleitorais balizaram no sentido de vitória fácil para a principal concorrente, a deputada estadual Larissa Rosado (PSB). Dois agravantes da situação foram o veto do comando nacional do PT à candidatura própria deste partido à prefeitura, e, bem antes, a inviabilização da candidata de sua preferência como cabeça de chapa, a atual vice-prefeita Ruth Ciarlini, irmã de Rosalba.

A candidatura petista, até então pilotada pelo engenheiro agrônomo Josivan Barbosa, ex-reitor da Universidade Federal Rural do Semi Árido (Ufersa), poderia dividir o eleitorado de Larissa. O veto terminou transformando Josivan em companheiro de chapa da Deputada. Impedido de candidatar a cunhada, Carlos Augusto começou a engolir sapos. O primeiro foi a candidatura de Cláudia Regina, com quem o casal se desentendeu em 2.010.



(Por Roberto Guedes - jornalista) 

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