ARTIGO DA SEMANA.

QUANDO A EDUCAÇÃO NÃO É PRIORIDADE
(Por Rubens Coelho - jornalista- rubensfcoelho@hotmail.com)

A sociedade paga um preço muito alto pelo descaso. Os países que conseguiram se desenvolverem nos últimos cinquenta anos, o fizeram porque colocaram como prioridade social a educação de qualidade. 

O exemplo mais emblemático dessa concepção são os países asiáticos, como o Japão e a Coreia do Sul que no após guerra, investiram maciçamente na educação, para, hoje se colocarem entre os mais desenvolvidos do planeta. Sem falar do gigante chinês, atualmente a maior potência econômica mundial, ultrapassando os Estados Unidos e a Europa em crise.

Os coreanos fizeram da educação uma questão nacional. Em 1960, 35% da população de analfabetos, hoje 82% dos jovens estão nas universidades. Adotaram a política de concentrar recursos públicos no ensino fundamental e universitário. 

Entre outras medidas adotadas, vale salientar, a valorização do professor que além de ser bem remunerado é permanentemente incentivado a se aperfeiçoar na sua área com cursos patrocinados pelo estado. Outro detalhe interessante, a carga horária obedecida pelos estudantes de curso médio: o tempo na escola é de nove horas por dia, sendo que uma hora obrigatoriamente é para que ele estude o assunto que será ministrado no dia, na sala de aula ou laboratório.

Os investimentos elevados e sistemáticos na educação, transformou a Coreia em avançadíssima na área tecnológica. 

No Brasil, além dos investimentos em educação serem escassos, ainda tem os desvios ou desperdícios de recursos além de métodos e currículos pedagógicos obsoletos, professores desmotivados pelos baixos salários e falta de incentivo profissional. Fazendo o país ainda ter 9% de sua população analfabeta, enquanto na Argentina, é de apenas, 2,3% , Chile 4%; Cuba erradicou o analfabetismo.

Nesse contexto o Rio Grande do Norte com 18% de evasão escolar no ensino médio, segundo o último censo. Taxa de analfabetismo de 17,38% embora declinante nos últimos anos, é uma tragédia, ainda mais se compararmos com outros estados, como São Paulo, com 4,09%, Distrito Federal, com 3 % o atraso potiguar é enorme, comprometendo o futuro do Rio Grande do Norte.

O descaso na educação tem sido uma constante em todos os governos, mas no de Rosalba chegou-se ao contrassenso de considerar educação como despesa e não como investimento. 

Em seus pronunciamentos sobre o assunto, a governadora sempre deixa evidente esse conceito retrógado, carcomido. O tratamento desrespeitoso se manifesta de forma cristalina como ela trata os professores da rede estadual de ensino também em relação (UERN), que está sendo estrangulada por uma política educacional de retrocesso, levando a instituição a pior crise de sua história. Essa é a realidade.

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