ARTIGO DA SEMANA.

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APLAUSOS PARA DILMA
(Por Rubens Coelho - jornalista - rubensfcoelho@hotmail.com)

A presidente da Republica, Dilma Roussef está fazendo o que nenhum chefe da nação, teve coragem nos últimos cinquenta anos, a ousadia de fazer, enfrentar a poderosa e insaciável banca. Os banqueiros brasileiros, desde 1964, se tornaram os senhores do país, ditando regras e desregrando o mercado em nome da livre iniciativa, da livre concorrência inexistente, com a prática de juros abusivos bem como cobrança de taxas de serviços igualmente extorsivos.  

Chovesse ou fizesse sol, lá estava a banca intocável, usufruindo lucros cada vez mais estratosféricos. Também pudera, com a especulação financeira posta em prática, não havia como deixar de acontecer. Houve momentos de recessão na economia, onde o setor produtivo sofria as agruras do mercado contraído. Os bancos, no entanto, nunca foram atingidos. Se alguns fecharam ou quebraram como o Econômico ou o Nacional de Minas Gerais, foram comprovadamente por má gestão e não por falta de lucratividade.

Pois bem, agora a presidente resolveu dá um basta no cassino financeiro. Chamou os bancos oficiais: Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, à responsabilidade social dos mesmos e obrigou-os a baixaram os juros, a praticarem a concorrência real de mercado. Com isso está forçando a banca privada a também reduzir a especulação. Não é brincadeira, o spread bancário, a diferença entre o que os bancos pagam para captarem recursos e o que cobram dos tomadores de empréstimos é um absurdo, foge completamente aos padrões internacionais. Falando o bom português, seria, por exemplo, o banco captar cem reais e emprestá-los por cento e trinta e trinta e três reais, ou seja 33% de diferença que é a margem calculada do tal spread. Não é por acaso, os bancos brasileiros se colocarem como os mais lucrativos do mundo. E, podia ser diferente?

Na época dos de Delfin Neto, um empresário que se destacou na luta contra o capital financeiro e juros altos cobrados pelos bancos. O empresário, Ermírio de Morais, do grupo Votorantim. Tempos depois, já no governo de FHC, ele trocou de lado, em vez de ficar falando dos bancos, fundou seu próprio banco o Votorantim . Aí ficou comendo do mel e de bico calado.

Não conformado com a atitude vigorosa da presidente Dilma, os banqueiros arrogantemente disseram que também baixariam os o spread e os juros se o governo lhe dessem incentivos fiscais. Caro leitor, Veja só, o lobo voraz reclamando do cordeiro por este não se deixar engolir. Tem cabimento quem tem auferido lucros astronômicos, ainda querer ajuda fiscal do governo? A ganância e a insensibilidade social dos banqueiros impressionam as mais insensatas criaturas. Ainda bem que a presidente Dilma deu uma rabiçaca e mandou-os plantar batatas.

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