ARTIGO DA SEMANA.

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A REALIDADE NUA E CRUA
(Por Rubens Coelho - jornalista - rubensfcoelho@hotmail.com)

Passado quatro dias de folia, do Brasil parado, da alienação geral, dos folguedos regrado a muita bebida alcoólica e outras drogas lícitas e ilícitas; da exaltação a sexualidade global sem regra e sem compromisso. Da mídia, especialmente a televisiva mostrar como alegria e felicidade, muitos exageros do comportamento juvenil nos desfiles carnavalescos. Enfim, depois desses dias de prevalecência da insensatez entre grande parte da população brasileira, principalmente nos grandes centros urbanos de tradição carnavalesca, é chegado a hora da onça beber água, o momento de cada um encarar a realidade nua e crua do dia a dia cada vez mais difícil para o povo brasileiro, com suas carência de saúde, educação e segurança.

Mas também é chegado o tempo de encarar o processo em que os políticos começam a cortejar os eleitores para seus projetos pessoais na maioria dos casos, sem qualquer preocupação com o bem-estar coletivo. Dos caras-de-pau irem à televisão dizerem inverdades e fazerem promessas irrealizáveis. De se colocarem como salvadores da pátria, quando na verdade, só querem mesmo é salvarem seus interesses.

São filmes que se repetem de dois em dois anos no país, sem novo script, por que assim deverá continuar enquanto não houver uma reforma política para valer. Aliás, reforma impossibilitada de ser feita em razão do desinteresse dos congressistas em promovê-la e colocar em risco suas posições e os privilégios que usufruem. Além dos cambalachos em que a maioria absoluta pratica ou é conivente com as tramóias organizadas nos gabinetes parlamentares de Brasília, sem exceção de estado ou partido. A ressalva fica apenas por conta de uns poucos independente da agremiação partidária a que pertença. No geral Prevalece o chafurdo. Infelizmente é essa realidade brasileira.

Mas voltando ao carnaval, o do Rio de Janeiro, os desfiles das escolas de samba, é um grandioso espetáculo para ricos e turistas verem onde é exibido muito luxo nas fantasias e carros alegóricos, e agora também muita tecnologia de alto custo financeiro, provavelmente financiado pela contravenção carioca e que transformou o Sabódroma, em passarela dos ricaços amostrados, e excêntricas celebridades de mentalidade atrofiada ao gosto de alienados e alienadas seus iguais. De onde os pobres do morro, antigos protagonistas dos desfiles carnavalescos, hoje são no máximo anônimos coadjuvantes das escolas empresas que não permitem sequer muitos sambistas desprovidos verem os desfiles. Em São Paulo, o cenário é o mesmo: exclusão, fraude e violência nas escolas de samba.

Enfim, o carnaval passou, veio a quarta-feira de cinzas, hoje, sexta-feira, quatro dias depois dos folguedos, já dá para se ter uma idéia de quem ganha e quem perde nessa falsamente dita festa do povo. Agora é a realidade nua e crua, botando para quebrar, as contas para pagar, a correria do dia a dia e a violência nossa de cada um.

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