ARTIGO DA SEMANA.

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ISSO NÃO É POLÍTICA
(Por Rubens Coelho - jornalista - rubensfcoelho@hotmail.com)

Outro dia, conversando com um jovem estudante universitário, fiquei preocupado, imaginando o quanto nociva tem sido a maneira como se tem praticado política no Brasil nos últimos tempos.

O estrago, especialmente para os jovens que, sem experiência, com a errônea idéia de ser a arte elaborada por Maquiavel, confundida com trapaças e traição. Aliás, maquiavelismo passou a ser injustamente sinônimo de malandragem, esperteza e astúcia política. Quando na verdade, o historiador, poeta, diplomata e filósofo, nascido em Florença, Itália, no século XIV, formulou de maneira científica e não empírica, a complexidade do poder, seu alcance e manutenção.

Contrariamente ao que se pensa, em sua principal obra, O Príncipe, Maquiavel ensina a melhor maneira de governar o Estado. Cria a ética na política, no contexto em que vivia diferentemente da ética religiosa do estado feudal.

Portanto, é preciso que entendamos a política como algo que faz parte do tecido social da civilização moderna. Não por acaso, ter a ciência política maquiavélica, surgida no período histórico chamado de renascença, durante a decadência do feudalismo. De modo que, toda a sociedade é de um a maneira ou de outra envolvida pela política. Não confundir com política partidária. Partido, trata-se de facção ou grupo de pessoas que teoricamente se alinha com determinado pensamento e objetivos dentro da sociedade. Assim se formam as agremiações partidárias.

Claro, do ponto de vista teórico e ético, um partido tem de ter sua definição ideológica e programática muito clara, estatutária. Seus filiados ou membros, pela lógica, são aqueles que têm afinidade com o conjunto de propostas da agremiação. Esse é o conceito correto da ciência do que venha ser partido político.

Quando se trata apenas de um ajuntamento de pessoas sem ideal, com interesses pessoais díspares, objetivos contraditórios, arrivistas, fisiológicos aí não será partido (uma parte da sociedade), mas um repartido, vulnerável a todo tipo de distorção, inclusive à corrupção. Infelizmente é o que acontece no Brasil atual, servindo de péssimo exemplo para a população, especialmente para os jovens, que passam a ver atividade política e partidária como coisas de pilantragem, de enrolões e desonestos, numa generalização inconcebível muito prejudicial ao aperfeiçoamento da democracia no país. Essa situação é preocupante, porque contribui para afastar as pessoas de bem do processo político e desse modo, abrindo espaço para os oportunistas que querem servir-se e não servir à sociedade como é o dever de todo homem público.

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