ORGULHO DA UERN.

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ORGULHO DA UERN.
(Por Paulo Tarcisio Cavalcanti - jornalista)
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Não vou negar: Foi uma surpresa.
Posso até dizer que, no primeiro momento, era como se estivesse sonhando. “Meu Deus, será que estou mesmo acordado?”
Diante de mim, sábado agora, na tela do computador, a capa de “O Mossoroense”. Estava lá, na manchete, em oito colunas, a notícia, pra mim, mais importante do ano. Vou até abrir um parágrafo para destacá-la:
“MEC concede nota máxima ao curso de Medicina da UERN”.
Eis aí uma conquista pra encher de orgulho qualquer cidadão norte-rio-grandense.
Sempre encarei um curso de medicina como um dos mais complicados. Não é qualquer um que pode mantê-lo. Quanto mais, mantê-lo e levá-lo ao topo – à nota máxima do órgão fiscalizador.
O curso de Medicina da UERN é um curso novo. Não tem dez anos. Ainda me lembro da surpresa, que também tive, no dia em que li a notícia sobre a apresentação de um projeto com o objetivo de criá-lo. Foi da deputada Sandra Rosado. Na época deputada estadual.
Ousada, determinada, empreendedora, sendo filha de quem é, sempre imaginei que Sandra devia ser. Mas, aquilo – querer que uma universidade estadual, de um Estado como o nosso - potencialmente muito forte, mas economicamente muito raquítico - assumisse a responsabilidade pela manutenção de uma Faculdade de Medicina, era muito mais do que um gesto de ousadia, determinação e empreendedorismo.
Não vou dizer que tenha me parecido um gesto de loucura. Mas, sem dúvida, utópico. Um sonho inalcansável. Isso foi em meados de 2002.
Eu ainda tinha na cabeça o que ouvira em 1976 – bote tempo, portanto – de um dos maiores nomes da medicina brasileira – o dr. Roberto Kalil daquele tempo, o médico das celebridades e dos presidentes da República – dr. Abraão Ackermann.
Numa entrevista que me concedeu para o Correio Braziliense e que foi publicada no dia 28 de novembro de 1976, o dr. Ackermann não apenas defendia a estatização da medicina, como criticava, de forma contundente, a onda da época - de se abrir faculdades de medicina, principalmente particulares, pelo Brasil afora.
Ou seja: Sob a influência do que ouvira de um mestre da Medicina quase 30 anos atrás, acabei por minimizar a capacidade realizadora dos que fazem a UERN, agora formalmente explicitada na nota máxima que o seu curso de Medicina, segundo “O Mossoroense” obteve na avaliação do MEC. Parabéns!
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