ARTIGO DA SEMANA.

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NINGUÉM AGUENTA MAIS
(Por Rubens Coelho - jornalista - rubensfcoelho@hotmail.com)
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Já foi dito e repetido, dezenas, centenas, milhares de vezes, já se gastou toneladas de papel, de escrito sobre a pesadíssima carga tributária brasileira. Aqui se cobra imposto de uma Suécia para uma prestação de serviço público de um Sudão na África. Isso é revoltante. São quase quarenta por cento do produto interno bruto destinados aos impostos.

O consumidor quase sempre não percebe o que lhe é surrupiado de impostos em suas despesas essenciais. Quem por exemplo, tem a curiosidade de olhar as contas de telefone ou de luz para verificar os tributos cobrados? Poucos se dão a esse trabalho, porém vejamos o que acontece, a conta de telefone tem alíquota de 27% ICMS, então uma conta de R$ 176,00, se fosse retirado esse imposto, o consumidor só pagaria R$ 128,28,ou seja menos R$ 47,72, outro exemplo, uma conta de luz de R$ 160,00 se fosse retirado os 27% de ICMS, o usuário teria a redução em sua conta de R$ 43,20. Os dois exemplos mostram de maneira clara, o peso dos impostos sobre a economia da população.

Todos sabem a precariedade da saúde pública no país. É sabido também que a arrecadação tem aumentado a cada mês nos últimos anos, mas não sabe para onde vai tanto dinheiro arrecadado, para o governo ainda vir dizer que não ter recursos suficientes para melhorar o sistema de saúde e acenar para criação de mais um imposto, sob o argumento de que é necessário para enfrentar a crise. A CPMF, quando criada usou-se também os mesmos argumentos, no entanto, o que se viu foi seu desvio de função e a saúde pública continuar no caos de sempre. O imposto do cheque como era chamado extinto por ineficiência nos objetivos, se voltar será um retrocesso.

Existem outros meios de arrecadar mais dinheiro para saúde, uma boa medida seria taxar as grandes fortunas. O Brasil tem uma das maiores desigualdade social do mundo. Aqui se tem um Eike Batista, que se vangloria de pertencer ao fechadíssimo clube dos homens mais ricos do mundo, segundo a revista americana Forbes, e ainda diz que quer ser o primeiro! Mas não é só ele tem ainda José Ermírio de Morais da Votorantim, os banqueiros do Banco Itau; Bradesco a família Marinho da Rede Globo, os donos da Vale, só para citar alguns afortunados. Porque não fazê-los diminuírem seus lucros astronômicos com financiamento à saúde? Ah! Ninguém quer mexer com o grande capital, é intocável porque é quem financia o grosso das campanhas eleitorais. Que o digam Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula da Silva, José Serra, Dilma Roussef, para só falarmos dos peixes super graúdos. No Congresso Nacional, se gritar pega...não fica um meu irmão! É lógico, tem as gratas e honrosas exceções. Mas no geral é isso aí.
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