ARTIGO DA SEMANA.

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OLIGOPÓLIO
(Por Rubens Coelho -jornalista rubensfcoelho@hotmail.com)

A junção de monopólios, para maior dominação do mercado, sempre foi a pauto do capitalismo, para impor seus interesses sobre a produção, a circulação e os preços das mercadorias e concluindo com os super lucros. Historicamente sempre foi assim, se dava no período colonial, depois veio ao que Vladimir Lênin, chamou de imperialismo, fase superior do capitalismo. 
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É o que vemos ocorrer com a chamada globalização, onde a expressão política, econômica e ideológica, é o neoliberalismo, que outra coisa não é que a institucionalização da dominação dos mercados pelos grandes conglomerados, a globalização dos cartéis.

No Brasil, a economia neoliberal, não iniciou com Fernando Henrique Cardoso, como muita gente pensa e escreve, mas sim com o golpe de 64, cujo artífice do processo foi o economista Roberto Campos, objetivando a concentração empresarial para otimizar a exploração e o lucro. Foi daí que começaram as fusões dos estabelecimentos bancários, por exemplo. Antes existiam os bancos regionais. Em todos os estados, em cidades grandes e de porte médio, as chamadas casas bancárias, inclusive o Banco Brasileiro de Desconto, hoje Bradesco, que surgiu numa pequena cidade do interior de São Paulo,existiam os bancos oficiais estaduais, assim por diante. 
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De lá para cá, os estaduais foram privatizados ou liquidados, os pequenos se fundiram ou sucumbiram para darem lugar a uma meia dúzia de grandes e poderosas redes bancárias nacionais e estrangeiras. De Castelo Branco, passando por Lula e Dilma Roussef, o segmento manda e desmanda neste País, paraíso da especulação financeira, dos juros altos dos fantásticos lucros da banca brasileira. Nenhum governante até hoje ousou mexer nos interesses do poderoso setor.

Mas o esquema de concentração monopolista/oligopolista, não se restringiu apenas a essa área, avançou bastante em todos os setores produtivos e de serviços, especialmente no governo de FHC. Não se deteve com o governo lulista do PT, que permitiu fusões de empresas e continua acontecer no governo de Dilma. Agora mesmo, embora tenha se frustrado a união do grupo Pão de Açúcar com o Carrefour, que se tornaria a maior empresa no ramo varejista brasileiro, a união se daria inclusive com financiamento do banco estatal BNDES. Já se noticia a junção do Carrefour com a rede Walmart/Hiper Bom Preço, gigantes varejista de origem francesa e holandesa respectivamente. Como se ver, a política de concentração continua sem obstáculo, os monopólios se tornando oligopólios.

Outro dado interessante, pesquisa econômica mostrou que 70% por cento dos produtos:alimentos; bebidas e produtos de limpeza, vendidos nos supermercados são produzidos por dez empresas apenas. Eis uma clara amostra de uma economia oligopolizada.

No frigir dos ovos quem sai perdendo é o consumidor brasileiro que fica submetido as imposições dos, produtos, serviços e preços impostos pelos gigantes do mercado.
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