ARTIGO.

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GARIBALDI QUER DISTÂNCIA DO PT/RN
(Por Roberto Guedes - Jornalista)

Maior campeão de votos da história do Rio Grande do Norte, o senador Garibaldi Alves Filho mostrou logo nas primeiras 48 horas posteriores ao término da apuração dos resultados das urnas do último domingo, 3, o quanto não está fácil para o presidente Lula da Silva remontar o monolito que exibiu no primeiro turno da sucessão presidencial a serviço da candidatura da economista e ex-ministra Dilma Rousseff.

Convocado, juntamente com o deputado federal Henrique Eduardo Alves, seu primo que preside o diretório potiguar do partido de ambos, o PMDB, e líder da agremiação na câmara baixa do país, a participar, na última segunda-feira, em Brasília, de uma reunião promovida por Lula e Dilma, o senador preferiu viajar para Mossoró, onde compartilharia a tradicional descida do Alto de São Manoel com a colega Rosalba Ciarlini (Dem), comemorando a vitória desta na disputa pelo governo potiguar.

Como se não bastasse, aboletando-se sobre os 1,04 milhão de votos que recebeu esta semana, o parlamentar deixou claro que, embora se interesse pela vitória de Dilma, não pretende atuar ao lado de integrantes da base governista que no Rio Grande do Norte o agrediram durante a campanha para o primeiro turno.

O parlamentar foi vaiado algumas vezes por petistas, a primeira das quais, no bairro do Alecrim, em Natal, durante a única visita que Dilma fez ao Rio Grande do Norte enquanto imaginava conquistar a presidência da república neste dia 3.

Expoentes do PT procuraram eximir-se de responsabilidade face a agressão, imputando-a a anônimos militantes. Poucos dias depois, porém, nomes famosos do partido no Rio Grande do Norte passaram a discriminar grosseiramente o parlamentar. Candidato a senador, o engenheiro e ex-vereador Hugo Manso, ex-delegado do ministério da Reforma Agrária no Rio Grande do Norte, chegou a tratá-lo como “analfabeto político e oportunista”. O único líder potiguar do PT que mostrou respeito por Garibaldi Filho foi a deputada federal Fátima Bezerra, aliás também campeã de votos na sua faixa. O resto assinou embaixo do que Hugo Manso havia dito.

Na época, a candidatura de Dilma voava em céu de brigadeiro e petistas natalenses pensavam que qualquer incidente poderia reduzir as chances de reeleição de Garibaldi Filho em benefício da candidatura da ex-governadora Wilma de Faria, presidente regional do PSB e aliada do PT, ao Senado. Hoje, Garibaldi Filho não precisa suar a camisa para retornar ao Senado e o fato de a sucessão presidencial ter sido zerada pela passagem para o segundo turno faz com que o PT precise do parlamentar.

A propósito, o senador deve ir para uma praia qualquer. Sabendo-o analfabeto político e oportunista, decerto o PT não recorrerá a Garibaldi Filho.
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