- WEB-ENTREVISTA.

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ENTREVISTA COM LARISSA ROSADO, DEPUTADA E
CANDIDATA A PREFEITO DE MOSSORÓ, RN.

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Larissa Rosado - Candidata a Prefeito de Mossoró.
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Entrevista exclusiva da administradora Larissa Rosado (foto), atualmente deputada estadual e candidata à chefia do Poder Executivo de Mossoró, nas eleições de 5 de outubro de 2008, paraesse pretenso blog – concedida em 04/09/2008.
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H - Como a senhora, na condição de deputada estadual e candidata pela segunda vez a prefeita constitucional do município de Mossoró, analisa a gestão da prefeita Fafá Rosado à frente do Poder Executivo mossoroense?
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L - A atual administração não conseguiu dar o suporte público necessário para aproveitamento eficiente do atual momento de otimismo da economia de Mossoró. Com isso, diminui-se o ritmo de crescimento e de desenvolvimento do município nos últimos três anos e não se conseguiu reverter para a população a riqueza e as oportunidades de geração de emprego e renda que Mossoró tem criado. A educação também apresenta problemas. Por exemplo, em inúmeras escolas não existem laboratórios de informática e onde estes existem não são utilizados como suporte pedagógico ao trabalho do professor. Não há uma política permanente de formação de educadores. O contexto cultural precisa ser visto de forma diferente, pois Mossoró tem uma “política” de promoção de eventos, mas não uma política cultural que de forma efetiva valorize o potencial local. Uma política cultural articulada tem objetivos claros e diretrizes de possíveis execução. Queremos que os espaços culturais de Mossoró, os teatros e auditórios, tenham uma pauta permanentemente ocupada com espetáculos de qualidade para serem vistos por um público qualificado e exigente. A saúde também não atende a contento a população. É preciso fortalecer a atenção básica na cidade e na zona rural. Existe posto de saúde funcionando em casa de taipa. O meio ambiente precisa ser visto com mais atenção, o rio Mossoró continua agonizando, os recursos naturais se exaurindo sem perspectivas de gerar riquezas para gerações futuras. Talvez essas falhas decorram da inaptidão, inabilidade e incapacidade da atual chefe do Executivo para a gestão pública e da incompetência dos que recebem a missão de tomar decisões e executar as ações da Prefeitura.
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H - No tocante à arrecadação mensal e a aplicação dos recursos, embora existam alguns setores que recebem uma atenção maior (como a saúde, por exemplo), como a senhora analisa a possibilidade de ser implementada uma aplicação dos recursos de forma mais diversificada, de forma a abranger todos os ramos da Administração Pública do nosso município?
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L - Nossa gestão priorizará todas as áreas do Município, mas olhará com mais atenção aos setores mais carentes e que tem sido vistos com mais descaso pelo atual governo, como a educação, qualificação profissional, conservação ambiental, desenvolvimento econômico, esporte amador, cultura. Para isso, preparamos um plano de governo, lançado neste dia 6 de setembro, que contempla quatro eixos básicos: desenvolvimento social, desenvolvimento econômico, desenvolvimento ambiental e desenvolvimento institucional. As nossas diretrizes principais são a participação cidadã com controle social; desenvolvimento local sustentável como fator de geração de trabalho e renda e da igualdade social; promoção de uma gestão ética, democrática e eficiente; e afirmação dos direitos humanos. No campo do desenvolvimento social, daremos ainda mais prioridade à saúde, a educação e ao combate à violência, que é crescente em nossa cidade. No campo do desenvolvimento econômico, desenvolveremos políticas de atração de empresas, mas também valorizaremos o nosso potencial local como o turismo e a agricultura familiar. Criar condições para que se tenha o aumento de geração de emprego e renda será uma das prioridades da nossa gestão. No campo institucional, modernizaremos a administração e lhe daremos a maior transparência possível.
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H - Como a senhora vê a questão da poluição do rio Mossoró? Como a senhora pretende encarar essa questão caso assuma a chefia do Poder Executivo de nossa cidade a partir de 1 de janeiro de 2009?
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L - Meio ambiente também será prioridade no nosso governo, que dará total atenção à despoluição do rio Mossoró, por meio da criação de órgão municipal para rígida fiscalização das agressões ao meio. Esse departamento exercerá no âmbito do Município o papel que o Idema (Instituto de Desenvolvimento Social e Econômico) exerce no contexto estadual. Também combateremos a despoluição através de investimento maciço em saneamento básico por meio de parcerias do Governo Wilma e Lula para que o rio deixe de receber esgotos da cidade. Também estabelecemos parcerias com municípios vizinhos para construção de rede conjunta de proteção ao nosso manancial, já que corta toda a Região Oeste. Ações paralelas também contribuirão para a preservação do rio, como a ampliação da coleta seletiva, amplo programa de arborização da cidade e áreas publicas, como as escolas da rede municipal, daremos efetividade ao Plano Diretor e ao Código Municipal de Meio Ambiente. Em nossa gestão, a preocupação para com o meio ambiente estará presente em todas as políticas públicas.
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H - Mossoró vive hoje um período de crescimento sem precedentes. Isto é fato. A que a senhora atribui esta nova realidade da nossa urbe?
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L -. Mossoró tem se transformado numa cidade de economia complexa, que reúne o tradicional setor salineiro, fruticultura irrigada, agricultura familiar, exploração do petróleo, calcário, de argilas e outros minerais, carcinicultura, setor de serviço médico, de serviço educacional, comércio varejista, setor industrial e turismo. Esse novo contexto produtivo é desafiante para o Poder Público Municipal. Sem dúvida, é inegável a robustez da economia local. De 1999 a 2002, o PIB (Produto Interno Bruto) teve um crescimento de 60%, passando de 693 milhões de reais para 1,1 bilhão. Nos três anos seguintes, de 2002 a 2005, continuou crescendo a uma taxa superior a 53%, passando de 1,1 bilhão para 1,7 bilhão. O setor industrial é responsável pelo maior volume de riquezas geradas. Em 2007 a cidade exportou 117 milhões de dólares. Por tudo isso, ela se tornou atrativa. O boom imobiliário recente evidencia o fluxo intenso de profissionais e de consumidores em direção a Mossoró. Como uma cidade de economia complexa, que ganha a cada dia um perfil cosmopolita, atraindo profissionais de várias partes do Brasil com suas famílias e também estrangeiros, Mossoró não pode ser administrada por mentalidades tradicionais, que não enxerguem esse mergulho na modernidade. Nosso maior desafio, alinhado a esse momento, é colocar o poder público municipal à disposição para transformar as potencialidades do município em desenvolvimento econômico e este em desenvolvimento social. Porque, se Mossoró produz riquezas, grande parte da população é pobre, e não dispõe dos meios para usufruir da riqueza e das oportunidades que a cidade cria.
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H - Como a senhora analisa os números das pesquisas recentemente divulgadas na imprensa do nosso Estado, que dão um índice acima de 45 pontos percentuais para a candidata Fafá Rosado na preferência do eleitor mossoroense?
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L -. Vejo com desconfiança esses números, porque não é esse sentimento popular de mudança encontrado sobretudo na periferia e na zona rural de Mossoró, onde vive a maior parte da população (bairros periféricos) e onde é significativa a insuficiência de políticas públicas para o bem-estar da população e, em conseqüência disso, maior ainda a insatisfação do povo com o descaso do atual governo. Acho que o resultado dessas referidas pesquisas não reflete de forma precisa o anseio da população de Mossoró, que está frustrada e sedenta para que a cidade reencontre o ritmo de crescimento e desenvolvimento perdido nos últimos três anos.
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H - No que se refere à cobertura dos fatos político/administrativos da nossa cidade, como a senhora analisa o papel da nossa imprensa?
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L - A imprensa exerce importante papel social e, como ardorosos defensores da liberdade de expressão, trabalhamos para construção de uma sociedade cada vez mais democrática por meio de uma imprensa forte e comprometida com seu papel de dar voz ao cidadão e de fiscalização do poder público.
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H -Como a senhora analisa as novas regras eleitorais?
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L - A Justiça Eleitoral cumpre um papel importante no aperfeiçoamento da democracia. Em Mossoró, não apenas os magistrados, mas também os representantes do Ministério Público designados para acompanhar o pleito, têm trabalhado com serenidade para manter o equilíbrio da disputa, resguardando acima de tudo o direito do cidadão, que não pode ser "atropelado" pelos que se julgam donos da "máquina".
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H - Como a senhora analisa as duas ações que pugnam pelo indeferimento da candidatura de Fafá Rosado, de autoria do Ministério Público e da coligação “Mossoró pra você” que dá lastro à sua candidatura?
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L - Esse é um assunto que sob os cuidados da nossa assessoria jurídica.
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H - Apenas a título de suposição, lógico, caso se confirme nas instâncias superiores o indeferimento da candidatura de Fafá Rosado, como caberia ao mesmo partido a indicação do substituto, pergunto: a senhora teria preferência por algum nome do DEM, para tê-lo na condição de adversário?
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L - Não temos preferência por adversário.
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H - Que mensagem a senhora deixa para o povo de Mossoró?
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L - Que estou preparada e motivada para administrar Mossoró. Conto com o apoio da Governadora Vilma de Faria e do Presidente Lula. Com eles faremos uma grande parceria institucional em favor da população de Mossoró. Estamos apresentando um programa de governo avançado, democrático e principalmente, viável. Um programa que não é apenas peça de campanha, mas compromisso com Mossoró, com nosso povo, nossos sonhos. Estou convencida de que a partir de primeiro de janeiro, Mossoró começará a se tornar uma cidade muito melhor para todas as pessoas, porque estaremos à frente da prefeitura Municipal.
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