- POESIA DE CLAUDER ARCANJO
Pastoreio do silêncio (Por Clauder Arcanjo)
.
Vidraça, silêncio, e um tanto de frio.
Corro os olhos pelas mãos espantadas,
nem sinal do meu último estio.
Trapaça, silêncio, e uma nesga de riso.
Passo os olhos pelas costas do mundo,
nenhuma marca do meu primeiro friso.
Cansado de aguardar o previsível,
rasgo o véu da noite e entro...
No vazio de mim, no nada mais meu.
Lá: uma algaravia inumerável,
os sargaços dos sonhos postos,
a réstia de um último beijo,
e a pose cativa de outrora.
E, na vidraça, enfim, o fatal silêncio...
Em ricto, banhado por turvas águas,
que teimam em querer-me em pastoreio.
Macaé-RJ, 25/05/2007
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Vidraça, silêncio, e um tanto de frio.
Corro os olhos pelas mãos espantadas,
nem sinal do meu último estio.
Trapaça, silêncio, e uma nesga de riso.
Passo os olhos pelas costas do mundo,
nenhuma marca do meu primeiro friso.
Cansado de aguardar o previsível,
rasgo o véu da noite e entro...
No vazio de mim, no nada mais meu.
Lá: uma algaravia inumerável,
os sargaços dos sonhos postos,
a réstia de um último beijo,
e a pose cativa de outrora.
E, na vidraça, enfim, o fatal silêncio...
Em ricto, banhado por turvas águas,
que teimam em querer-me em pastoreio.
Macaé-RJ, 25/05/2007
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