ACORDA BRASIL!!!
PARLAMENTARES PROCESSADOS ATINGEM NÚMERO RECORD.
Quase 200 deputados e senadores
respondem a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal. Crimes
eleitorais e contra a administração pública predominam, mas também há acusações
de homicídio, sequestro e tráfico
A
cada três parlamentares, um responde a ação criminal no STF, que vão de crimes
eleitorais a até homicídio e sequestro
Responder a um
processo judicial não faz de ninguém culpado da acusação que lhe é atribuída.
Numa democracia digna desse nome, prevalece o princípio da presunção da
inocência. Em bom português, significa que todos são inocentes até prova em contrário. Também
é fato que homens públicos podem ser vítimas de denúncias falsas ou exacerbadas
pela sua própria condição política e social. Autoridades, felizmente, tendem a
ser mais vigiadas e denunciadas do que cidadãos anônimos.
Número de
investigados pode ser ainda maior
O levantamento demonstra que um em
cada três integrantes do Congresso Nacional está sob investigação no Supremo
Tribunal Federal. Dos 594 parlamentares, pelo menos 191 (160 deputados e 31
senadores) são alvos de 446 inquéritos (procedimentos preliminares de
investigação) e ações penais (processos que podem resultar na condenação).
Quase 40% dos 81 senadores têm contas a acertar no STF.
Alguns detalhes tornam mais
preocupantes as conclusões do trabalho. Pra começar, estamos falando de quem a
população escolheu para legislar em seu nome, naqueles que deveriam ser para
toda a sociedade exemplos de boa conduta.
Encrencas cabeludas
Chama atenção ainda o fato de as acusações terem extrapolado o
repertório tradicional, e já grave, praticamente restrito às denúncias de
crimes eleitorais ou de mau uso do dinheiro público. Atos praticados em
campanhas eleitorais e no exercício de outros cargos públicos, no Executivo ou
no Legislativo, continuam abarcando a grande maioria dos mais de 20 tipos
diferentes de crimes imputados aos parlamentares. Mas alguns deles se veem às
voltas agora com encrencas mais cabeludas, como suspeitas de envolvimento em homicídio,
sequestro e associação ao tráfico de drogas.
Entenda as principais
denúncias
Para completar, o passivo judicial dos congressistas acaba de alcançar
patamar inédito. Jamais houve número tão elevado de deputados e senadores
respondendo a acusações criminais no Supremo.
Relação democrática
“Os números são assustadores”,
constata o cientista político Marcus André Melo, professor da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), acrescentando outro ingrediente que não pode
passar em branco. “Para chegar ao STF, a
denúncia tem de ter alguma solidez. Se levarmos em conta que também há
parlamentares com problemas nos tribunais de contas, teremos perto da metade do
Congresso sob suspeita”, afirma ele.
Apenas nos últimos 12 meses, o
número de parlamentares com pendências no Supremo cresceu 40% e as
investigações em curso saltaram mais de 50%. Já chegou a 85 o total de
deputados e senadores que figuram como réus no STF, em 131 ações penais. Um
inquérito se transforma em ação penal quando os ministros do Supremo entendem
que há indícios de que os acusados cometeram mesmo algum tipo de crime.
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Fonte:congrassoemfoco
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