SENADOR JOSÉ AGRIPINO: O COMEÇO DO FIM.


Não bastasse ter perdido os membros do seu afiado bando de catilinas da legislatura passada, Agripino sem Mão Santa, Arthur Virgílio, Heráclito Fortes, Tasso Jereissati e outros bichos vive a solidão de pregar no deserto mesmo com toda a mídia a repercutir suas baboseiras. 

Perdeu mais Demóstenes Torres, o que lhe restava de tocador de trombone para acompanhar seus buzinaços. Além de queda, coice, pois agora é ele próprio o foco das denúncias. Conseguiu escorregar há poucas semanas de mais uma denúncia de corrupção. Mas o processo não morreu. 

A mídia cala, mas a vida continua. E como já falamos aqui de outros casos, não adianta congelar carne podre, pois quando o degelo vier, podre a carne estará. Não se trata, porém de novidade. O "Não vem que não tem" da denúncia anterior de haver recebido 300 mil reais "não contabilizados" da empresa Camargo Correia, cujos diretores foram presos pela Polícia Federal, acusados de fraude contra a legislação que regula os financiamentos de campanhas, cada parece mais inverossímil. 

Tem sim. É o que diz o novo processo do escândalo do "Sinal Fechado", onde as coisas rodam, rodam, mas como numa roleta sempre param em José. E é porque ainda não levantaram a ponta do tapete que encobre a poeira do Caso Demóstenes que a oposição empurra para os contratos da Delta e o PT empurra para as ligações com a imprensa golpista, ambos deixando de lado a questão focal de Carlinhos Cachoeira que é a roubalheira que gira em torno da jogatina por ele patrocinada. 

Alguém aí lembra qual foi a primeira grande derrota de Lula no Congresso? Pois foi a queda de braço em torno da legalização dos jogos caça-níqueis. E lembram quem estava à frente das comemorações? Era José Agripino Maia. Demóstenes foi até mais modesto na louvação. A ponto de assumir até mesmo a liderança da luta em favor da legalização dos bingos e dos caça-níqueis. Pois bem. Vai que vão investigar os jogos e quem sabe descobre-se que Jajá estava tão animado não só pela derrota de Lula, mas também, e principalmente pela vitória de Cachoeira... Além disto, temos: 

1) Os 11 milhões que vieram do plano federal para José Agripino sanear o Bandern que faliu nas suas mãos. 

2) O já denunciado empréstimo do BDRN à empresa EIT, onde José tinha conseguido seu primeiro e único emprego como engenheiro... 

3) Quando o Ministério das Minas e Energia, ainda não tinha baixado portaria permitindo a doação de poços de petróleo que dessem água aos superficiários das terras, as máquinas da Petrobras já estavam cavando poços na Fazenda São João, de propriedade do senador "furão"... 

4) A isenção de ICMS do melão, quando o pai de Agripino começou a cultivá-los. 

5) O escândalo Rabo de Palha, onde José Agripino mostrou em fita K-7 gravada, toda a podridão das suas "estratégias políticas, dando uma aula de corrupção eleitoral num auditório com mais de 120 prefeitos do interior e outros quatrocentos especialistas em "brejeiras" e "chaves-de-roda" que tanto caracterizaram a fraude eleitoral no Nordeste brasileiro..." 

6) O Morcego Negro de PC Farias que veio deixar dinheiro para salvá-lo da derrota num segundo turno contra o primo Lavoisier. 

7) E o escândalo da Pasta Rosa, que deu projeção nacional ao senador?... 

8) É bom não esquecer a Cosern - Companhia de Serviços Elétricos do Rio Grande do Norte, à época uma estatal, que não cobrava as contas para lá de atrasadas da Fazenda São João, A Cosern da época de Jajá é uma caixa de escândalos, a ponto de seu hoje parceiro Garibaldi Alves resolver privatizá-la e a Assembleia Legislativa ter instalado uma CPI para apurar a sujeira... 

9) E os prefeitos pefelistas/agripinistas que agrediram os cofres públicos com os dois pés e as duas mãos "como tirador de coco?". Todos tinham Agripino como padrinho e advogado. 

10) Para não passar dos dez, vamos juntar os escândalos do Itern - Instituto de Terras do RN e da CDM - Companhia de Desenvolvimento Mineral do RN. Foram dois rombos tão grandes que Garibaldi Filho quando entrou no Governo preferiu extingu ir estes dois órgãos e mais oito da administração indireta. 

Será que Agripino ao virar foco, como Demóstenes e Arruda viraram, não vão resolver cascaviar tudo isso? Tem até na área de Direitos Humanos. O grupo de extermínio chamado "Mão Branca" que reinou no governo de Jajá.


(*) Por Crispiniano Neto - poeta, jornalista, advogado, engenheiro agrônomo.

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