CRISE DA SAÚDE DE MOSSORÓ: JUSTIÇA DO TRABALHO DETERMINA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS DA CASA DE SAÚDE/MATERNIDADE ALMEIDA CASTRO.

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O Juiz da Segunda Vara do Trabalho de Mossoró, RN, Dr. José Dario de Aguiar Filho, nos autos do Processo nº 102200-59.2011.5.21.0012, movido pela APAMIM - Mossoró, RN (Associação de Proteção à Maternidade e à Infância de Mossoró, RN) contra o SINTRAHPAM - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM LABORATÓRIOS DE PESQUISA E ANÁLISES CLÍNICAS, CASAS E COOPERATIVAS DE SAÚDE, HOSPITAIS PARTICULARES E DOS TÉCNICOS EM RADIOLOGIA DE MOSSORÓ – RN – SINTRAHPAM, concedeu, no último sábado (07) medida liminar e adiou, assim, a paralização das atividades da Casa de Saúde e Maternidade Almeida Castro, conforme previa a direção daquele sindicato obreiro.

A medida liminar determina que o SINTRAHPAM, caso deflagre realmente a greve, deve observar a obrigação de manter 30% (trinta por cento) de trabalhadores em serviço de saúde, nas diversas funções, por turno e por setor.

Em caso de descumprimento a entidade sujeitar-se-á a aplicação de multa correspondente a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) diários.

É importante ressaltar que, neste caso específico, a medida liminar providencialmente concedida pela Justiça do Trabalho, visa garantir (como efetivamente garante) dois pontos fundamentais: primeiro a manutenção do atendimento à população que necessita dos serviços disponibilizados pela Casa de Saúde/maternidade Almeida Castro e, em segundo lugar, a preservação dos mais de trezentos empregos diretos.

Por outro lado, causa espécie essa ‘queda de braço’ deflagrada entre dois grupos da família Rosado, família esta que há mais de cinqüenta (50) anos detém o domínio político, econômico, social, cultural, racional, irracional e o escambal de Mossoró.

Uma coisa que vem chamando a atenção e que provoca verdadeiro asco, ao menos no meu caso, é que os dois grupos são representados por porta-vozes, ou seja, mesmo na condição de verdadeiros responsáveis por essa crise sem precedentes na saúde de Mossoró, sequer se dão ao luxo de mostrarem as suas faces. 
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O grupo da deputada Sandra Rosado/Laíre Rosado, que detém o controle da Casa de Saúde/Maternidade Almeida Castro, contratou uma espécie de gerente para, conforme o caso, dar explicações sobre o inexplicável e, o que é mais incrível, ‘negociar’ o inegociável; o outro grupo, comandado pela atual prefeita Fafá Rosado e seu irmão Gustavo Rosado, é representado por um Secretário de Saúde que além de não ter qualquer poder de decisão, não domina o assunto pertinente à pasta e, de quebra, não tem poder de convencimento algum.

A sorte de ambos os grupos, entendo, reside exatamente na parcimônia da esmagadora maioria da nossa imprensa que, estranhamente, prefere laurear o atraso e a incompetência ao invés de praticar um jornalismo independente, desnudando, por completo, no caso da crise da saúde pública da cidade de Mossoró, os verdadeiros responsáveis. Até quando?
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