ARTIGO DA SEMANA.

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NÃO SOU MÉDICO, NEM ENFERMEIRO.
(Por Rubens Coelho - jornalista - rubensfcoelho@hotmail.com)

Mas tenho bom relacionamento com esses profissionais, por necessidades pessoais, quando sou induzido a procurá-los quando nos achaques físicos. Tenho muitos amigos na área, mas o que mais me habilita a falar sobre o tema é ter familiares próximos médicos: os irmãos doutores Rômulo Coelho e Ruth Hamaty Figueiredo, o sobrinho Pedro Henrique Oliveira Coelho, a cunhada Sheila Coelho Rolim, a enfermeira Jussara Naide Dias Figueiredo, minha filha e a sobrinha tecnica dem enfermagem, Naide Coelho. Como se ver são pessoas atuantes na área de saúde, com as quais converso bastante, recebendo delas informações as mais diversas, que me capacitam a inteirara-me das variadas questões que afetam a saúde da população em todos os lugares do país. A crítica condição em que se encontra o setor.

O problema não é novo, se arrasta há décadas, apenas tem se agravado nos últimos anos. A constituição de 1988 criou o Sistema Único de Saúde que foi regulamentado em 1990. A finalidade do SUS era dar o direito à população à assistência médica hospitalar em todos os níveis de forma gratuita e eficiente. A intenção era muito boa, mas como de boa intenção o inferno está cheio, o que aconteceu e vem acontecendo até hoje, é o completo sucateamento da saúde pública, submetida a política de privatização através dos planos de saúde particulares que, com aquiescência dos governantes foram estimulados a se expandirem no mercado, de modo a retirar do governo a responsabilidade de resolver a questão adequadamente. Para minorar a ausência do Estado em relação ao sistema de saúde, instituiu os convênios com entidades privadas: hospitais, laboratórios e outras. Não resolveu.

A crise é cada vez mais grave, todos os dias se ver o angustiante problema: filas freqüentes de pacientes nos serviços de saúde; faltam leitos nos hospitais, escassez de recursos financeiros, materiais e humanos para manter os serviços de saúde operando com ‘ eficiência. Esse quadro, levou o médico doutor professor Marcus Vinicius Polignano da Universidade Federal de Minas Gerais num longo ensaio sobre o assunto a concluir não ter a saúde em nenhum momento, ocupado o lugar central dentro da política do estado brasileiro, sendo sempre deixada na periferia do sistema, como uma moldura de um quadro, tanto no que diz respeito à solução dos grandes problemas de saúde que afligem a população, quando na destinação de recursos direcionados ao setor saúde.

Os escassos recursos destinados à saúde, muitas vezes são desviados de forma inescrupulosa como foi ao caso “sanguessuga”, onde os larápios foram pegos surrupiando dinheiro público destinado ao sistema de saúde. Quantos desses criminosos estão presos? Nenhum.

Criaram a CPMF, cujos recursos seria destinados a saúde. Extinta depois de provada a sua ineficácia. Agora querem o retorno do famigerado imposto, para o governo arrecadar mais e gastar mal e a saúde continuar na mesma. O problema é mais de gestão do que de recursos.
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