DA CACHAÇA PARA O VINHO.

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Porque será que o Brasil não consegue passar da cachaça para o vinho? A indagação, embora possa soar como troça ou mesmo engraçada, na realidade, nos faz lembrar do despojado e irreverente estilo nordestino do presidente Lula, notadamente, quando, inevitavelmente, o comparamos com a postura da presidente Dilma Rousseff, mais puxada para o inglês que para o "gauchesco" propriamente. Tal situação, entendo, torna-se mais evidente ainda quando, por exemplo, nos deparamos com os movimentos paredistas que atualmente se alastram pelo país inteiro. Neste aspecto, vale registrar que, caso o Brasil não seja submetido urgentemente aos efeitos de algumas ações administrativas, principalmente por parte do Governo Federal, tenderá, infelizmente, a viver uma espécie de estado de greve generalizado. Não há necessidade de ser nenhum especialista no assunto para se chegar a tal conclusão. Não. Poderia eu apontar soluções práticas? Não ouso fazê-lo; os especialistas, traquinas que só eles, já estão maquinando. Entretanto, sobre estilos, veja por exemplo o caso do ex-presidente Lula que, desfrutando de uma popularidade acima dos 70% (setenta por cento) durante os seus dois sucessivos mandatos (2003/2006 e 2007/2010), conseguiu "debelar" inúmeras crises ('mensalão', tráficos de influência, etc) e, de quebra, manter firme a política econômica, com exceção dos dois últimos anos (2009/2010) quando fora 'obrigado' a "abrir as torneiras", para eleger o seu sucessor, como efetivamente aconteceu. A conta está chegando agora. E que conta. A presidente Dilma Rousseff, embora ainda em início de mandato, não detém nem terá, provavelmente, como conseguir uma pularidade capaz de dar-lhe a impermeabilidade desfrutada pelo presidente Lula. O estilo da presidente Dilma, discreto por excelência, começa a demonstrar, para muitos, o que não é o meu caso, a tão propalada e temida citação da oposição quanto ao seu 'despreparo' para o exercício do cargo. Se o presidente Lula, nordestino puro, tornou-se uma celebridade degustando, às vezes em excesso, uma boa e saudável cachacinha, isto é fato, no caso da presidente Dilma, como conterrânea (por  afinidade) do gaúcho e grande presidente Getúlio Vargas, poderia passar a degustar um bom vinho brasileiro, obviamente que sem excessos. Pelo menos assim, me perdoem os apreciadores da caninha, estaria ela definindo o seu verdadeiro estilo de governar.
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Herbert Mota
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